Nesta sexta-feira (8), o sistema penitenciário catarinense sediou mais uma importante ação do Projeto Mentes Literárias: da Magia dos Livros à Arte da Escrita, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) voltada à promoção da leitura e da escrita em unidades prisionais de todo o país.

As atividades ocorreram no Complexo Penitenciário do Estado, em São Pedro de Alcântara, às 9h30, e na Colônia Agroindustrial de Palhoça, às 14h30, reunindo pessoas privadas de liberdade, seus familiares, autoridades do CNJ, representantes do Poder Judiciário e do Executivo catarinense.

O evento foi marcado por rodas de leitura, apresentações culturais e momentos de interação entre internos e familiares, evidenciando o potencial transformador da literatura como ferramenta de ressocialização. Também foram apresentados os objetivos e ações previstas pelo projeto, que incluem a ampliação do acesso a livros, a capacitação de mediadores de leitura e a estruturação de bibliotecas nos estabelecimentos penais.

A secretária de Estado de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva, destacou que programas como o Mentes Literárias têm impacto direto não apenas na reintegração social das pessoas privadas de liberdade, mas também na segurança dentro e fora das unidades prisionais.

“Quando investimos em educação e cultura no ambiente prisional, estamos criando condições para reduzir a reincidência criminal e melhorar o clima interno nas unidades. Isso reflete diretamente na segurança do sistema e na proteção da sociedade como um todo”, afirmou.

O Projeto Mentes Literárias integra a Estratégia Nacional de Universalização do Acesso ao Livro e à Leitura em Estabelecimentos Prisionais, coordenada pelo CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Em Santa Catarina, a execução conta com a atuação integrada da Sejuri, Poder Judiciário e parceiros institucionais.

Foto: Jaqueline Noceti/SEJURI