A Secretaria de Justiça e Reintegração Social finalizou um projeto que ressignifica o cuidado com os bebês que nascem dentro do sistema prisional. Chamado “Janela Para o Mundo”, o trabalho foi realizado em parceria com a Rede Feminina, UnoChapecó, artistas locais e um grupo de voluntárias — uma união de esforços que transformou o pátio da unidade materno-infantil em um espaço vivo, colorido e estimulante.

O ambiente, antes totalmente branco e sem atrativos, é o único local ao ar livre onde os bebês de até seis meses — ou, em casos excepcionais, até nove meses ou um ano — têm contato com a luz natural. A revitalização trouxe não apenas cores e texturas, mas também balanços, painéis artísticos e elementos sensoriais planejados para favorecer o desenvolvimento saudável nessa fase tão decisiva da vida.

A secretária de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim, destaca que o projeto simboliza mais do que uma reforma física — representa um compromisso com a dignidade humana desde o início da vida.
“Esses bebês passam seus primeiros meses dentro da unidade, e isso não pode significar privação de estímulos ou de um ambiente acolhedor. Criamos esse espaço para que eles tenham, mesmo aqui, um primeiro contato com o mundo cheio de cores, descobertas e afeto. É um cuidado que faz diferença agora e fará por toda a vida”, afirma.

A proposta nasce do entendimento de que os primeiros meses são determinantes para a formação cognitiva e emocional das crianças — e que, mesmo dentro do sistema prisional, esse cuidado não pode ser limitado. Os painéis produzidos pelos artistas locais e o trabalho das voluntárias ajudaram a criar um ambiente lúdico, sensorial e humanizado.

A inauguração do espaço irá ocorrer no próximo dia 15, às 15h, com presença da juíza, do promotor e de todos os parceiros envolvidos. Uma emissora de TV já demonstrou interesse em acompanhar a entrega e conhecer de perto o impacto do projeto.

Com o “Janela Para o Mundo”, a SEJURI reafirma seu compromisso com políticas públicas que garantam às crianças um início de vida digno — dentro e fora das unidades prisionais. O gesto é simples, mas o impacto pode acompanhar esses bebês por toda a vida.