SEJURI – Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social

Gerente Maurílio Antônio da Silva se despede do sistema penitenciário catarinense

O gerente da Central de Triagem da Trindade (CTT), Maurílio Antônio da Silva, encerrou nesta terça-feira, 16, sua nobre e importante missão frente ao sistema penitenciário catarinense depois de mais de 36 anos de serviços prestados ao estado. Com sua aposentadoria assume a CTT o agente penitenciário Leonardo Makowiesky Correa.

“Muito obrigada Maurílio por sua dedicação, o sistema penitenciário de SC certamente perde um grande profissional”, disse a Secretária de Estado da Justiça e Cidadania, Ada Faraco De Luca. “Maurílio adquiriu uma grande experiência forjada ao longo dos anos, poucos profissionais conhecem tanto o sistema quanto ele, vai fazer muita falta”, complementou o Secretário Adjunto Leandro Lima.

Casado há 33 anos com Maria Aparecida da Silva, sua “fortaleza”, como ele próprio define, pai de dois filhos, um deles seguiu a carreira do pai e também trabalha no sistema, Maurílio integra a primeira turma de agentes concursados quando iniciou sua brilhante carreira em 1982 como agente e depois como chefe de segurança na Penitenciária da Capital.

Passou ainda pelos presídios de Tijucas e Imbituba, mas foram os oito anos à frente do presídio de Itajaí umas de suas maiores experiências. “Eu saía todos os dias do Ribeirão da Ilha, onde moro, para o Presídio Regional de Itajaí. Cada minuto ali era um grande desafio, pois era uma unidade de alta complexidade que exigia muita percepção”, recorda Maurílio.

Em 2011 retornou à Florianópolis para assumir a CTT localizada no Complexo da Agronômica, local em que marcou boa parte da sua história. “Só em Florianópolis peguei cinco rebeliões. Foram cinco em Itajaí e cinco na Penitenciária da Capital, eventos que me deram muita experiência”, conta Maurílio.

Para o ex-gerente da CTT o evento mais marcante foi a rebelião de 1994 quando os presos fizeram mais de 13 reféns entre agentes e policiais. “Foi um dos momentos mais tensos da minha vida profissional, foram três dias e três noites negociando com os rebelados”, relata.

Para os agentes que estão iniciando Maurílio lembra que somente treinamento e habilidade com as armas não são suficientes. “Cadeado é para ficar batido, ficar trancado”, relembra Maurílio que nas longas e infindáveis noites de plantões também aprendeu o que não está escrito em nenhum livro ou manual. “É importante escutar os sons da cadeia, botar o ouvido na parede, assim nunca haverá surpresa”, ensina o professor.

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support