A Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina (SAP) conta com uma equipe especializada para atuar em ações dentro dos presídios estaduais. São policiais penais do Grupo Tático de Intervenção (GTI), treinados para uma resposta imediata caso seja necessário uma atuação em gestão de crise.

A equipe do GTI é composta por agentes treinados em táticas avançadas de segurança, resoluções de crises, atuando em situações de alta complexidade. Esses profissionais são preparados para intervir rapidamente em casos de motins, tentativas de fuga, e outras emergências que possam ocorrer dentro dos estabelecimentos prisionais. A iniciativa visa aumentar a segurança nas unidades prisionais e garantir a ordem e a disciplina, tanto para os detentos quanto para os funcionários.

“A SAP investiu na formação de uma equipe altamente qualificada para garantir que nossas prisões permaneçam seguras e sob controle. A segurança da comunidade, dos funcionários e dos detentos é nossa prioridade”, afirmou o secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina, Carlos Antonio Gonçalves Alves.

A formação dessa equipe especializada faz parte de um conjunto de medidas que a Secretaria tem implementado para modernizar o sistema prisional do Estado. O GTI existe desde 2007 e a sua base avançada para treinamento fica na unidade prisional der São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. Além da criação dessa força-tarefa, estão sendo realizados investimentos em tecnologias de segurança, melhorias nas infraestruturas das unidades prisionais e programas de ressocialização dos detentos.

Os números do sistema prisional

As ações das unidades prisional no ano de 2023 resultaram em mais de 56 mil escoltas, mais de 17 mil presos conduzidos para audiências, cerca de 12.500 transferências estaduais e aproximadamente 550 transferências para outros estados. Em relação às operações de prevenção da ordem e disciplina, foram realizadas 49 ações com quase 10 mil presos movimentados pelas equipes especializadas.

A SAP conta ainda com as movimentações rotineiras, feitas pelos policiais penais, que diariamente movimentam mais de 26 mil presos para atividades como trabalho, estudos, atendimento com advogados, saúde, banho de sol, entre outros. Estes policiais, que trabalham nas unidades, diariamente fazem a conferência nominal de todos os presos e procedem a revista estrutural, para verificar as condições das celas, evitando assim o dano ao patrimônio público e tentativas de fuga.

Através dos plantonistas e do setor de inteligência das unidades, os policiais penais têm conseguido frear as facções criminosas. Somente nos últimos 11 meses, estas organizações criminosas já tiveram um prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão em apreensões de drogas e mais de R$ 5 milhões em apreensões de aparelhos celulares.

A intervenção tática prisional no estado iniciou em 2007 com a criação do Grupo de Ação Tática e Intervenção (GATI), que atuou entre 2007 a 2009 e dando continuidade as atividades em 2017 foi criado o GTI.

Texto: Osvaldo Sagaz/SECOM, fotos: Roberto Zacarias/SECOM