SC terá mais três Centrais de Penas e Medidas Alternativas
Santa Catarina terá mais três Centrais de Penas e Medidas Alternativas (CPMAs). Um termo de Cooperação Técnica assinado nesta quarta-feira (10) entre a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Tribunal de Justiça de Santa Catarina e (TJSC) e Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) permitirá que Jaraguá do Sul, Palhoça e Lages instalem unidades elevando para 11 o número de centrais no estado.
As Centrais de Penas e Medidas Alternativas foram criadas para atender àqueles que cometem pequenos delitos e convertem a punição em atividades que despertem o respeito aos limites exigidos pela vida em sociedade, à valorização da liberdade, da família e da comunidade em que está inserido, entre outros valores. Além de atender as pessoas que cometem crimes de menor potencial ofensivo as CPMAs também oferecem atendimento para quem passa por audiência de custódia, para os egressos do sistema, entre outros casos.
De acordo com o Secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, Leandro Lima, as novas centrais representam uma grande conquista para sociedade catarinense. “Organizar as centrais de forma institucionalizada é uma grande conquista para toda a sociedade catarinense porque a CPMA realiza um trabalho social e de atendimento para quem comete pequenos delitos de forma muito eficiente,” observou Leandro Lima. Ele disse ainda que o caráter pedagógico das penas é melhor desenhado nas CPMAs.
A Juíza Auxiliar da Presidência do TJSC, Dra. Carolina Ranzolin, enfatizou que a ampliação do escopo de atuação da CPMA precisa ser comemorado. “Desde de 2016 estamos tentando ampliar a atuação das centrais e, agora, com a reestruturação da SAP e com o apoio do GMF estamos conseguindo transformar a CPMAs em política de Estado”.
O Coordenador do Centro de Apoio Operacional e Criminal do Ministério Público, Dr. Jadel da Silva Junior, destacou que a CPMA qualifica a “porta de saída” com a ampliação da atenção ao egresso atendendo também por quem passa pela audiência de custódia. “Inseridas de forma mais efetiva no guarda chuva da SAP, com certeza vão enriquecer as entregas à sociedade”.
Há 33 anos na Magistratura e atualmente ocupando a Presidência do TJSC, o Desembargador Ricardo Roesler assinalou que o povo catarinense tem um diferencial. “Quando queremos, fazemos acontecer e as CPMAs são mais um exemplo de inovação, de trabalho de vanguarda, fruto do travalho de uma grande equipe”, assinalou.
O Sub Procurador Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPSC, Dr. Alexandre Estefani, disse que a ampliação da abrangência das Centrais e a transformação das centrais em uma política de Estado vai representar um ganho expressivo para toda a sociedade.
“Só quem trabalha com crime sabe da importância de uma Central de Penas e Medidas alternativas”, disse o Coordenador do GMF do Tribunal de Justiça, Desembargador Leopoldo Bruguemann, ao opinar sobre a ampliação da abrangência das Centrais de Penas e Medidas Alternativas.
Para coordenar as atividades das CPMAs a SAP criou a Gerência de Penas Alternativas e Apoio ao Egresso (Gepae), que está sob a responsabilidade da agente penitenciária, Renata de Souza. “Com a expansão do programa para mais três comarcar e com a ampliação do escopo de atendimentos, abrangendo também os egressos do sistema prisional, as CPMAs estão se consolidando como um ponto de referência na política pública de atendimento à pessoa egressa”, finalizou Renata de Souza.